Os acionistas da Americanas decidiram, em uma assembleia geral extraordinária, processar civilmente os ex-executivos Miguel Gomes Gutierrez, Anna Christina Saicali, José Timótheo de Barros e Márcio Cruz Meirelles. Essa ação é motivada pelos prejuízos financeiros decorrentes de fraudes contábeis e outras irregularidades que ocorreram durante o exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2022. A votação registrou 139,8 milhões de votos a favor da ação, enquanto 6,8 mil se opuseram e 5,4 mil se abstiveram. Na mesma assembleia, os acionistas também rejeitaram as contas dos ex-administradores, com 49,4 milhões de votos a favor dessa rejeição. Essa decisão reflete a insatisfação dos investidores com a gestão anterior, que enfrentou sérios problemas financeiros e de governança. A aprovação da ação de responsabilidade civil é um passo crucial para buscar reparação pelos danos sofridos.
Além das deliberações sobre os ex-executivos, os acionistas aprovaram as contas referentes ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2023, que apresentaram um prejuízo de R$ 2,2 bilhões. Essa foi a primeira vez que as demonstrações financeiras foram aprovadas sem ressalvas desde que a empresa entrou em recuperação judicial em 2023, o que pode sinalizar um progresso na reestruturação da companhia. Outra medida aprovada na assembleia foi a alteração do estatuto social da empresa, que agora reflete o novo valor e a quantidade de ações resultantes do aumento de capital autorizado em uma assembleia anterior, realizada em 21 de maio de 2024. Essas mudanças são vistas como essenciais para a recuperação e reestruturação financeira da Americanas, que busca restabelecer a confiança dos investidores e do mercado.