Auditoria feita pelo INSS é anterior a qualquer denúncia e prova que ministério atuou, diz Lupi

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O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, se defendeu das acusações de que teria demorado para agir no caso dos descontos indevidos no pagamento de aposentados. Lupi apresentou uma auditoria feita pelo INSS que seria, segundo ele, a “prova cabal” de que ele agiu para evitar possíveis desvios indevidos no pagamento de aposentadorias.

Esses descontos estão sendo investigados pela Controladoria-Geral da União e pela Polícia Federal e motivaram a Operação Sem Desconto, deflagrada na semana passada. A suspeita é de que até R$ 6 bilhões tenham sido desviados por entidades cadastradas junto ao governo federal.

Lupi fez essa defesa na abertura de reunião do Conselho Nacional de Previdência Social, nesta segunda-feira, 28. O tema não estava na pauta, mas o ministro fez questão de trazê-lo á tona logo de cara no encontro.

O ministro disse ser preciso “dar dimensão da grandiosidade do INSS” e afirmou aos conselheiros do CNPS que eles acompanharam pelo noticiário as informações sobre a operação. Reforçou que a apuração cabe à CGU e à Polícia Federal, e não ao Ministério da Previdência Social.

“Apareceram várias situações que estão sendo investigadas. Temos o cuidado de esperar a investigação, apresentar as provas e ver a conclusão. Garantir o amplo direito de defesa”, disse. Defendeu, ainda, que a Constituição seja seguida “rigorosamente” para “não cometer injustiças e atos que levem à difamação de instituições e pessoas sem ter ainda os dados finalizados”.

Lupi apresentou aos conselheiros uma “cronologia do que foi feito”. Confirmou que em uma reunião do CNPS em 2023 o assunto veio à tona, mas “sem nenhum documento como prova para discutir os abusos que poderiam estar sendo executados”. O ministro disse que o tema não estava em pauta, mas que ele orientou que fosse discutido posteriormente.

“Eu pedi, à época, que o INSS, que é a instituição responsável pela ação dessa política pública, começasse a apurar as denúncias apresentadas. Levou-se tempo demais”, declarou.

O ministro ressaltou que demitiu o diretor responsável pela área de benefícios justamente pela demora na resposta sobre as denúncias apresentadas.

“Esse documento é anterior a qualquer trabalho que se fez de denúncia posterior. Isso é uma prova cabal de que o ministério sempre atuou firme nisso aí. Não tem nenhuma acusação contra mim, afastei um servidor pela morosidade”, declarou o ministro.



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