As bolsas da Europa fecharam o pregão desta quinta-feira em queda, com as tensões comerciais pesando sobre as operações, enquanto investidores aguardam possíveis desdobramentos das negociações entre os EUA e grandes economias ao redor do mundo. Nesta quinta-feira, 17, a premiê da Itália, Georgia Meloni, tem encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca. O corte de 25 pontos-base dos juros pelo Banco Central Europeu (BCE) no período da manhã, como previsto pelos analistas, deu algum impulso às bolsas, mas não o suficiente para saírem do vermelho.
O CAC 40, em Paris, recuou 0,60%, aos 7.285,86 pontos, enquanto o Ibex 35, em Madri, caiu 0,19%, aos 12.918 pontos. O PSI 20, de Lisboa, teve queda de 0,15%, aos 6.735,84 pontos. Em Milão, o FTSE MIB caiu 0,24%, a 35.980,43 pontos, e o DAX, da Bolsa de Frankfurt, recuou 0,49%, a 21.205,86 pontos. Em Londres, o FTSE 100 ficou estável em 8.275,66 pontos. Os dados são preliminares.
A alemã Siemens Energy destoou, com salto de 10% após elevar suas projeções para o ano fiscal de 2025. Em sentido oposto, a francesa Hermès recuou 3,2% após reportar vendas ligeiramente abaixo do esperado – dias depois de superar a LVMH (+0,08%) como a empresa de luxo mais valiosa do mundo em valor de mercado.
Já a também francesa Pernod Ricard (-0,67%), fabricante de vinhos e bebidas alcoólicas, confirmou a expectativa de queda nas vendas trimestrais, em meio à disputa tarifária. A empresa já enfrentava uma tensão comercial entre China e União Europeia antes do agravamento das relações entre Washington e Pequim.
Em coletiva de imprensa, a presidente do BCE, Christine Lagarde, afirmou que a instituição discutiu a possibilidade de um corte de 50 pontos-base, mas a decisão de cortar 25 pontos-base foi unânime. Ela também mencionou que classificar a política atual da zona do euro como “restritiva” perdeu significado e alertou que a União Europeia precisa estar preparada para o “imprevisível” diante das crescentes tensões comerciais globais.
No cenário macroeconômico, o Fundo Monetário Internacional (FMI) informou que vai promover ‘cortes significativos’ em suas projeções de crescimento para os países e a economia global, antevendo efeitos da guerra comercial desencadeada pelo tarifaço do presidente de Trump.
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