Categories: Últimas Notícias

Justiça veta uso da marca Philco pela empresa Mueller Eletrodomésticos; entenda


Por Redação, O Estado de S. Paulo – 24/04/2025 15:02

A Justiça do Paraná reafirmou a proibição da empresa Mueller Eletrodomésticos Ltda., de Timbó, em Santa Catarina, de fabricar, exportar ou comercializar produtos com a marca Philco sem a devida autorização no Brasil.

Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da Mueller não havia respondido até a publicação deste texto. Já a Philco afirmou que a decisão “reforça a importância da proteção à propriedade intelectual e da preservação da identidade e integridade das marcas no mercado nacional e internacional”.

A decisão, do dia 18 de fevereiro deste ano, é da 19ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná, que analisou um recurso da Mueller. A empresa catarinense havia sido condenada anteriormente em uma instância inferior, na 27ª Vara Empresarial de Curitiba, e buscava reverter a decisão.

O impasse entre as duas empresas começou após a Mueller tentar exportar, em 2024, máquinas de lavar roupa com a marca Philco sem a autorização da Britânia Eletrodomésticos S/A, que detém os direitos exclusivos da marca Philco no Brasil. A Britânia acionou a justiça para impedir a prática, alegando uso indevido de sua marca e concorrência desleal.

O caso que gerou a ação se refere à tentativa de exportação de 1.080 equipamentos, que foram retidos pela Alfândega do Porto de Itajaí (SC) no momento de conferência aduaneira feita pela Receita Federal.

A Mueller alegou à Justiça que a operação que fez foi regular, já que havia autorização da Newsan S.A., titular da marca Philco na Argentina. A empresa também afirmou que os produtos que havia fabricado seriam comercializados por Pilisar S/A e não teriam como destino o mercado nacional.

Ao analisar o recurso, a desembargadora Luciana Carneiro de Lara, relatora do caso na 19ª Câmara Cível, afirmou que a Mueller não comprovou durante o processo ter autorização da detentora da marca Philco no Brasil, a Britânia, para realizar a produção, circulação e exportação dos produtos.

“E a agravante (Mueller) não logrou comprovar o contrário, pelo que, até o momento, portanto, o que se tem, em tese, é o uso indevido da marca referida em território nacional (ainda que, reitere-se, o produto não seja destinado ao mercado interno)”, escreveu a juíza em seu voto, seguido por todos os integrantes da Câmara.

Em nota, a Philco afirmou que a utilização indevida de sua marca configura grave violação à legislação brasileira, especialmente à Lei da Propriedade Industrial (Lei nº 9.279/1996), “que assegura os direitos dos legítimos titulares de marcas registradas”.

“A Philco reitera seu compromisso com a excelência e seguirá atuando com rigor na proteção de seus direitos, em defesa da marca, de seus parceiros e de seus consumidores. A manutenção da decisão pelo TJ-PR reafirma a legitimidade da atuação da empresa com produtos de qualidade, reconhecida ao longo de seus 90 anos de história”, diz o comunicado da empresa.



Por: Source link

Estadão

Recent Posts

João Fonseca e Bia Haddad estreiam com vitória no Masters de Madri

Duas estreias de luxo no do Masters 1000 de Madri (Espanha). Este foi saldo do…

28 minutos ago

‘Nenhuma vez você me procurou’

Durante o Prêmio gshow, que aconteceu na última quarta-feira, 23, Diego Hypolito lavou a roupa…

34 minutos ago

Bernardinho convoca seleção de vôlei para treinos antes da Liga das Nações com muitos jovens

O técnico Bernardinho anunciou nesta quinta-feira a primeira convocação da seleção brasileira no ano, visando…

35 minutos ago

Zanin avisa a Motta que Câmara não pode suspender ação do golpe contra Ramagem

Por Redação, O Estado de S. Paulo - 24/04/2025 18:47 O ministro Cristiano Zanin, presidente…

36 minutos ago

Ainda não incorporamos efeito do novo consignado privado em projeções, diz dirigente do BC

O diretor de Assuntos Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos do Banco Central, Paulo Picchetti,…

44 minutos ago

This website uses cookies.