O líder argentino pode dificultar consenso na declaração final de líderes, já que é contrário à taxação dos super-ricos.
Ao todo, estão presentes líderes de 19 países membros — com exceção do presidente da Rússia, Vladmir Putin. Fazem parte do grupo, além do Brasil, ainda, África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia.
Outras 20 nações foram convidadas pelo presidente Lula, como Malásia, Angola, Vietnã, Bolívia, Colômbia, México, Chile. Além desses, 15 organizações internacionais participam do evento — entre elas, o Novo Banco do Desenvolvimento, liderado pela ex-presidente Dilma Rousseff, que participa das negociações.
Prioridades brasileiras
Lula vai discursar na abertura de cada sessão da Cúpula, onde deve reforçar a importância de diminuir as desigualdades entre os países e aumentar o financiamento em países menos desenvolvido — como já vem fazendo em agendas do G20 Social, que antecedeu a reunião de líderes.
O momento mais aguardado pela presidência brasileira é o lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que é o primeiro evento da Cúpula, após a recepção dos presidentes. Tema da reunião que ocorre durante a tarde, a reforma da governança global vai questionar a estrutura, principalmente, do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). A estrutura internacional possui 15 membros, sendo apenas cinco permanentes (China, França Rússia, Reino Unido e Estados Unidos) e nenhuma representatividade do Sul Global.
Em bilaterais que ocorreram ontem, Lula recebeu o apoio para a proposta de países convidados, como a Malásia e o Vietnã. O primeiro-ministro malaia, Dato’ Seri Anwar Ibrahim, defendeu uma governança global “mais representativa, democrática, eficaz, transparente e responsável” que leve em conta “as aspirações dos países emergentes”, segundo informações do Ministério das Relações Exteriores (MRE).