A revista estadunidense Time publicou recentemente sua lista anual TIME100 Climate, que reconhece as principais lideranças mundiais com influência na pauta climática global. Entre os nomes de destaque, o ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, aparece como um dos mais influentes em finanças para o clima em 2024. Segundo a publicação, as finanças têm papel fundamental na agenda climática deste ano, e Haddad, ao lado da ministra Marina Silva, vem construindo uma posição estratégica para o Brasil nas negociações internacionais de clima.
Ainda de acordo com a Time, “ Haddad é a força por trás da missão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de transformar o maior país da América Latina, que antes estava atrasado em prioridades ambientais, em um líder climático global. O plano de transformação climática de Haddad visa criar milhões de novos empregos verdes e impulsionar um crescimento econômico significativo”.
O objetivo é “mostrar que o planeta é capaz de conciliar uma agenda ambiciosa de sustentabilidade com uma agenda econômica e produtiva ambiciosa”, disse Haddad. Uma dessas políticas cortaria a enorme dependência do setor agrícola brasileiro de fertilizantes estrangeiros investindo em produção doméstica mais verde, além de impulsionar o crescimento em regiões mais pobres construindo usinas de energia solar e linhas de transmissão em lugares com pouca eletricidade.
A publicação ressalta, ainda que “em dezembro passado, Haddad apresentou um plano abrangente para orientar essa transição. Algumas de suas principais políticas, como a emissão de títulos verdes, apenas colocariam o Brasil em pé de igualdade com os vizinhos latino-americanos após quatro anos de retrocesso sob o ex-presidente Jair Bolsonaro.. Mas outras, como um projeto de lei inspirado no esquema de comércio de emissões da UE, colocariam o Brasil entre apenas um punhado de países em desenvolvimento na vanguarda das finanças verdes — e à frente de outras grandes economias como os EUA e o Canadá”.
“Haddad espera implantar essas ambições e um fundo inovador que visa arrecadar US$ 125 bilhões para florestas tropicais ao redor do mundo, quando o Brasil sediar o G20 em novembro e a cúpula climática anual da COP da ONU no ano que vem”, destaca a revista.
Fonte: Brasil247