Saúde estadual promove capacitação sobre humanização na atividade correcional

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Coordenada pela Gerência da Corregedoria Setorial da SES, qualificação será ministrada por dois profissionais da Controladoria-Geral do Estado, nesta quinta-feira, no Conselho de Saúde

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), por meio de sua Gerência da Corregedoria Setorial, realiza uma capacitação sobre humanização da atividade correcional, a partir das 8h30 desta quinta-feira (13/03), no auditório do Conselho Estadual de Saúde (CES). A qualificação é voltada para gestores, gerentes e servidores administrativos da área correcional, e será ministrada por dois profissionais da Controladoria-Geral do Estado (CGE), o gerente de aprimoramento de conduta e solução de conflitos, Luís Fernando Carregal, e de promoção de valores, Ricardo Orsini.

De acordo com a gerente da Corregedoria Setorial da SES-GO, Jucelia de Souza Goulart, os objetivos do evento são, entre outros, ampliar o uso de Termos de Ajustamento de Conduta (TACs), promovendo o emprego desses instrumentos em casos de menor gravidade, reduzindo a necessidade de instaurar Processos Administrativos Disciplinares (PADs); adotar postura menos rígida nas penalidades; promover a humanização na correição, e garantir que os processos sejam conduzidos com equilíbrio, justiça e respeito à dignidade humana, sem prejuízo à integridade e à legalidade.

Jucelia lembra que a capacitação foi motivada por alguns desafios encontrados pela gerência. Entre eles, o alto volume de Processos Administrativos Disciplinares (PADs) por abandono de cargo – 81 dos 149 processos em tramitação na gerência, o que indica a necessidade de ações preventivas e educativas, entender as causas do abandono e a falta de conscientização sobre procedimentos administrativos.

A gerente explica que muitos servidores desconhecem a importância de formalizar pedidos de exoneração ao término de licenças, resultando em processos desnecessários). Jucelia cita, ainda, como motivação importante dessa capacitação os custos e duração elevados dos processos. “Cada PAD pode durar de dois a três anos, ao custo médio de R$ 100 mil”, revelou.

A Gerência da Corregedoria Setorial espera que a capacitação possa impactar positivamente as equipes envolvidas, fornecendo informações claras sobre direitos e deveres do servidor, destacando as consequências do abandono de cargo, bem como possibilitar atendimento psicológico ou programas de apoio, principalmente para servidores em situações de estresse ou problemas pessoais. É também exemplo de resultado esperado a realização de ações de bem-estar, com atividades que melhorem o clima organizacional, como workshops, treinamentos e iniciativas de integração.

Estão previstas ainda, de acordo com Jucelia, melhorias como o monitoramento da frequência, de forma a identificar rapidamente ausências não justificadas; a promoção de políticas de retenção de profissionais, com oferta de mais oportunidades de crescimento e desenvolvimento profissional, e a criação de meios, como programas de acolhimento e reintegração, para facilitar o eventual retorno do profissional que tenha eventualmente abandonado o emprego.

Arte: Comunicação Setorial
Texto: José Carlos Araújo / Comunicação Setorial

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